sábado, 16 de julho de 2011

Astréia

Astréia


Astréia ou Astrea (em grego antigo Ἀστραῖα; donzela ou virgem das estrelas) é filha de Zeus e Temis. Tanto ela quanto sua mãe são personificações da justiça. Ela pregava a sabedoria e ensinava aos homens atividades caseiras, como caçar, plantar, entre outras. Logo após a Idade de Ouro, abandonou a Terra para não ver o sofrimento pelo qual passaria a humanidade nas próximas idades, partindo para o céu, na forma da constelação de Virgem. A balança que ela carregava se tornou a constelação próxima de Libra.

É uma das deusas relacionadas aos signos de Libra, Virgem e Gêmeos, juntamente com Atena, Afrodite e Apolo.

O mito de Astréia está ligado ao signo de Virgem que tem como imagem uma mulher de olhos vendados que segura na mão um ramo de trigo. Deusa virtuosa e justa, filha de Zeus e de Themis - por muitos considerada a verdadeira deusa da justiça - ela viveu entre os mortais na Era de Ouro, quando Saturno ainda governava e as pessoas eram justas, felizes e não entravam em conflito.

Astréia tinha uma irmã chamada Modéstia e ambas costumavam passear entre os homens. Conta-se que certa feita, Astréia foi até um mercado e lá viu um homem pesando a balança mais do que deveria por uma mercadoria que um outro homem queria comprar, portanto roubando o segundo.

Magoada e indignada, Astréia pediu a seu pai que a levasse embora da Terra, pois preferia morrer a viver junto a seres que eram capazes de cometer injustiças e perversidades. Condoído pela decisão de Astréia, e de sua irmã Modéstia, que também se entristeceu, Zeus transformou as imortais na constelação da Virgem.
Constelação da Virgem na Uranografia de Johannes Hevelius (1690)


Personificação da justiça, na astrologia Astréia é vista como um símbolo de apego ao passado, especialmente por parte de mulheres, embora sua representação seja a da famosa deusa da justiça - as balanças que ela segura aludem ao episódio do mercado e também à sua conexão com Libra - o signo das relações justas.

Têmis, sua mãe, considerada a Justiça por muitos, continuou mantendo sua relação com a humanidade na forma de intercessões divinas em guerras e dificuldades.

Havia a esperança do retorno de Astreia e da Idade de Ouro, como indica uma frase da IV Écloga de Virgílio: Iam redit et virgo, redeunt Saturnia Regna (Eis que retorna também a Virgem; está de volta o reino de Saturno [Cronos].

Constelação de Virgem
Na Dionisíaca de Nonnus, a virgem Astreia, nutriz de todo o universo, senhora da Idade de Ouro, recebeu Béroe [a deusa da cidade de Beirute, famosa por seus tribunais] de sua mãe [Afrodite] nos seus braços, rindo, ainda um bebê, e alimentou-a em seu peito enquanto ela balbuciava sábias palavras da lei. Com seu leite virginal, ela fez rios de leis correrem para os lábios do bebê, e pingou na boca da menina o doce produto da abelha ática; ela espremeu o trabalho da abelha de muitas células, e misturou o favo loquaz em uma sábia taça. Se a menina com sede

pedia algo de beber, ela dava a água falante de Apolo pítico, ou a água do Ilissos, que é inspirado na musa ática piério quando a as brisas piérias de Febo batem nas suas margens. Ela tomou das estrelas a dourada espiga de trigo [ou seja, a estrela Spica que a constelação da Virgem tem nas mãos] e a trançou em um colar que pôs em no pescoço da menina.

Têmis

Têmis (em grego Θέμις, Thémis) é a deusa grega que personifica as leis divinas (themistes), em contraste com a justiça humana (Dike) e as leis e decretos humanos (nomos). Era também associada aos oráculos que revelavam a vontade dos deuses.
Têmis

Presidia, em especial, sobre as relações adequadas entre homem e mulher, base da família bem ordenada e os juízes eram frequentemente chamados themistopóloi, "servos de Têmis".

Segundo a Teogonia de Hesíodo, Têmis era uma titânide, filha de Urano e Gaia e, com Zeus, foi mãe das Moiras e das Horas, a saber Dike (Justiça), Eunomia (Disciplina) e Irene (Paz). Píndaro a considera mãe apenas das Horas. No Prometeu Acorrentado, Ésquilo a chama mãe de Prometeu. O pseudo-Higino lhe atribui a maternidade das Horas e das ninfas o rio Erídano, que ensinaram a Héracles o caminho para o Jardim das Hespérides. Arato, o pseudo-Higino e Ovídio a consideram mãe de Astreia, sempre com Zeus.

Atena

Atena (no grego ático: Αθηνά, transl. Athēnā ou Aθηναία, Athēnaia; ver seção Nome), também conhecida como Palas Atena (Παλλάς Αθηνά) é, na mitologia grega, a deusa da guerra, da civilização, da sabedoria, da estratégia, das artes, da justiça e da habilidade.
Atena


Foi uma das deusas mais representadas na arte grega e sua simbologia exerceu profunda influência sobre o pensamento grego, em especial nos conceitos relativos à justiça, à sabedoria e à função civilizadora da cultura e das artes, cujos reflexos são perceptíveis até nos dias de hoje em todo o ocidente. Sua imagem sofreu várias transformações ao longo dos séculos, incorporando novos atributos, interagindo com novos contextos e influenciando outras figuras simbólicas; foi usada por vários regimes políticos para legitimação de seus princípios, penetrou inclusive na cultura popular, sua intrigante identidade de gênero tem sido de especial apelo para os escritores ligados ao feminismo e à psicologia e, por fim, algumas correntes religiosas contemporâneas voltaram a lhe prestar verdadeiro culto.

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